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domingo, 10 de julho de 2011

Tipo Macabéa, mas inferiorizada

Lá vai
Moça bonita do laço de fita
Lá vem
Ela procura, procura, mas nada tem
Sem-graça que só ela
Sorriso sem janela
Abre-se toda para o vento
Balança pra lá e pra cá, num existir lento
Demora pra tudo - fora de si
Por dentro, é acelerada e ri
Ah, menina desengonçada
Só sabe sorrir, e mais nada.

10 comentários:

Ayanne Sobral disse...

Que moça bonita!!
Tipo Macabéa mesmo, que é, porque o jeito é ser. E é linda.

Ler isso me despertou, me tirou o sono e me fez refletir muito bem. Tão bem que me deixou sem palavras, só com vontade de ler, reler, reler...

Você é um talento, menina. Seus poemas são inquietantes, arrebatadores e doces. Uma delícia.

E eu, ah você sabe, sou sua fã.

NDORETTO disse...

________________Muito bom!!__________

"Sem-graça que só ela
Sorriso sem janela
Abre-se toda para o vento
Balança pra lá e pra cá, num existir lento!"_____________poesia do cotidiano. É por aí. Grande sacada.

Mila Ferreira disse...

Pois eu acho que deve vir aí uma adaptação porque experiência se ganha com o tempo.

Bjs

http://devaneiosfugazes.blogspot.com/

Mila Ferreira disse...

Pois eu acho que deve vir aí uma adaptação porque experiência se ganha com o tempo.

Bjs

http://devaneiosfugazes.blogspot.com/

Sandro Ataliba disse...

Feliz ou simplesmente desligada?

Rachel Nunes disse...

Essa é a beleza mais autêntica. A que se revela nos sorrisos infinitos. Belíssimos texto e blog.
Se puder, dê uma olhadinha no meu blog. É: http://penseecorra.blogspot.com/
Bjos

Danelize Gomes disse...

Tive que ler o livro e olhar o filme sobre a Macabéa.
Ingenua e insossa tanto por dentro quanto por fora. Tadinha dela... só teve seu 'auge' quando morreu :/
Adorei a poesia.

Luz disse...

Alícia, que engraçado, achei triste. Para mim descreve perfeitamente um possível vazio da anorexia.

Imagem e texto me remetem á top-model magrela, sem graça, sem cor, sem fome; existir lento

"Sorriso sem janela
Abre-se toda para o vento"

Simples e belo!

Carina Destempero disse...

Delícia de poema!

Lívia Azzi disse...

Quem nessa vida nunca fez um sorriso desses?!